quarta-feira, junho 02, 2010

Herói?

Tem um alguém, esse alguém que eu sei quem é -Geralmente não sei quem-.
Alguém que eu não quero perder.
Digo perder não por manter-lhe na mão, não por segurar-lhe em meus braços... Digo perder da memória.
Algo inexplicavelmente agradável, que não se pode deixar... Que não se pode esquecer.
Da mais pura e bela vibração positiva. Do sentimento agradável de se sentir bem.
De uma doce memória do que foi triste pelo grande sorriso.
Algo complexo demais para eu conseguir explicar sozinha.
É do recordar que eu falo. É do bem estar. É do conquistar. Também do somar.
Falo também do subtrair.
Bem como um jogo. Uma matemática do resultado imperfeito.
Eu não falo de um amor. Eu não falo do meu amor. Eu falo da paixão. Do fraternal.
Quando se conhece a essência do ser humano as coisas se tornam mais coloridas.
Você pode sentir as cores das dores, as cores dos amores, as cores que já se viveu...
Eu falo porque neste alguém eu também vejo cores.
É tão diferente de tantos outros seres humanos que já vi.
Sim, já vi, já convivi... Cada um com sua cor.
Mas ele tem uma cor que exala tão forte por onde passa... Posso ver a cor de todos os seus sentimentos.
É duvidoso! Eu sei... Às vezes -muitas das vezes-, confuso demais para mim... Vejo cores de todas elas.
Quase sempre se misturando. Mas quem vai poder entender? Ele já viveu muito... Por mim e por você.
As cores já não são mais nada. São só as cores se misturando.
E ele ainda tem muito para viver. E vai viver por mim, por ele e por você.
No fundo acredito que ele é um herói.
Daquele dos desenhos infantis. Que usa uma capa para assustar os monstros. E que é terrivelmente simpático. E que seu sorriso é assustadoramente doce. Das palavras rudes mais gentis.
Às vezes eu penso que não!
Às vezes penso que ele não é um herói. Que sua dança é uma farsa. Que ele nunca dançou valsa. E que ele odeia aquele tipo de musica que canta.
Que na verdade, no fundo no fundo ele é um qualquer. Que os mais impuros e terríveis pensamentos rodeiam sua mente.
A vida para ele deve ser um jogo. E até a minha imaginação entrou no tabuleiro.
Mas tento me convencer do contrario quando o meu pensamento pede que eu não acredite nas pessoas. E que ninguém pode ser um herói...