segunda-feira, julho 05, 2010

Para ninar o sono.

Esta noite escrevi para você dormir. Prometi não piscar os olhos. E te fazer companhia.

Fiz um pequeno corte no meu dedo. Mas para mim não é segredo.

Fiz um pacto comigo, fiz juras sozinha. Na minha noite a sós te vi dormir.

Fiquei quietinha na minha, atenta a sua respiração, a fitar o mundo inteiro.

Flutuando sem sair do chão.

Então te abracei forte, e vi que você não entendia.

Minha felicidade era sozinha, eu não sabia parar de sorrir.

Mas é assim que se move as peças, eu nunca sei onde estou no tabuleiro.

Mas há de ter explicação. Do riso sozinha. E da paz.

Quando bate o desespero seguro sua mão. Passa, depressa. Some.

Daí eu já sei de onde vem. A fonte da calma. O que toca a alma.

Por Deus, não quero ser clichê. Quero somente dizer.

Insisto em escrever porque não consigo segurar; as palavras quando escorregam aliviam a minha caixa de pensar.

Eu sei que talvez você não saiba entender.

Mas deixa eu me explicar. Explicar para o meu eu, que tenta entender.

Sabe o que realmente me importa? Sabe o que realmente me interessa?

É que eu sei do estado de desequilíbrio que sei me equilibrar.

3 comentários:

Larissa disse...

Ninguém mais precisa entender o que nós mesmos não entendemos. Nada melhor do que escrever para tirar tantas dúvidas da cabeça e do coração. É meu refúgio e eu não quero, jamais, sair dele.

Lindo, adorei.
Um beijo.

Gabriela Marques de Omena disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriela Marques de Omena disse...

O amor é inexplicável; não é assim que dizem ser?
Então por que devemos explicar as coisas, tentar entendê-las, se o próprio amor que está em tudo nunca é compreendido?

Beijo, adorei.