quarta-feira, junho 24, 2009

O salto!

Salto me empoe ar de respeito, de mulher.
Coisa que eu sempre amei.
Me da ar de grandeza, e de autoridade.

Sempre fui assim, meia autoritária, meia ‘quem organiza a brincadeira.’
E também, quem bota ordem na casa, e quem fala mais auto com os sobrinhos.
Quem pune atitudes erradas, e quem critica em bom tom.
E com um grande salto que dei na minha vida há um tempo atrás, sinto que todas essas atitudes me serviram e muito.
Aprendi sobre os homens, o céu, e sobre a terra.
Aprendi sobre ingratidão, sobre nobreza, sobre solidariedade.
Eu sobrevivi até agora dentro deste mundo de ponta cabeça.
Enxerguei nos olhos dos anjos verdadeiros demônios.
Segurei as mãos de leprosos que por pouco faltou cair sobre mim.
Ajudei o próprio leproso a se reconstituir.
Levantei do chão, que é pra onde vamos depois das derrotas.
E mais uma vez, para quem eu dei a mão, me derrubou.
Debrucei em braços que jamais achei que iria encontrar aconchego.
Pedi que voltasse todos aqueles que me acompanharam, e se foram.
Em silencio clamei o nome de quem jamais poderá ouvir.
Levei rasteiras, e rastejando me levantei.
Me escondi do mundo, mas neste mundo foi onde me encontrei.
Escondi muitas coisas, e depois achei alguém que pra mim veio mentir.
Tirei uma pedra de onde não devia.
E de mim tiraram uma estrutura inteira.
Deixei cego quem cultivei, e depois lhe arranquei os olhos.
E nisso, quando dei este salto na minha vida, aprendi.
Vi que impor respeito não é falar alto, e sim com calma, e atenção.
Colocar ordem nos sobrinhos, não é na chinelada. É entender.
E ensinar-lhes o que é certo; E também o que é errado.
Aprendi que um homem, aos meus olhos, só são gente, quando tem dignidade.
Vi, que ninguém é grato pelos teus atos, mas temos que fazer de coração.
Também testei minha força, e minha fibra. Passando por todas essas e mais um pouco.
Arma engatilhada na cabeça, e amargo choro no coração.
Bala de mentira no peito, saudade, e amor é uma grande lição.
Amizade de verdade não morre, não acaba, não desgasta.

E o salto?!
Deixa ele no pé!


Porque assim como seu Tomás, sou eu, ser humano como qualquer outro.

3 comentários:

camila souza. disse...

jaa to te seguindo no jornal!
achei bem legall as coisas la o/

chara de sobrenome (:

Isaah Anarquista Consciente disse...

Amor...
Quem soube explicar de súbito morreu ao descrever suas características de tanto sublimar em seu coração impetuoso e desacreditado...

Palmas, palmas, palmas e aplausos.

Eis uma heroína diante de todos nós:

Paula souzza foi capaz de descrever o amor em toda sua plenitude e nao desfaleceu, nem ao menos perdeu sua lucidez!

Lindo este texto assim como voce minha Best²

Soraia Alves disse...

Ai, eu adorei...de verdade!

parabéns pelo blog!