quarta-feira, maio 20, 2009

Uma carta com destino à saudade.

Até quando vai durar esse sentimento compulsivo de amar um ser como se fosse a primeira vez em que amei.
Quanta falta vai fazer o abraço apertado no meio da madrugada fria, de dois adolescentes desafiando a falta de medo.
Quantas voltas a vida vai dar, pra provar, ou deixar de provar o quando isso vai durar.
Em quantas armadilhas mais eu vou cair!? E mais em quantas delas você vai se fazer presente, seja na brincadeira inocente, na fisionomia aparente, ou no cheiro da gente.
Vivendo estampado na cara, ou escondido no coração!
Eu já tentei, e tentei, mas não adianta, não adianta tentar. Eu já agi, eu já lutei, mas também nada me vale lutar.
Mas por mais uma vez, vou deixar a vida acontecer... porque alias, as horas hoje vão, mas amanha volta. E volta nos mesmos horários, cumprindo sua cansativa mesmice, sua rotineira rotina. E por ai tiro as minhas próprias conclusões de que não deveria me cansar mais.
Acho uma alternativa dentre tantas: se já não posso me completar sendo somente sua, que eu seja vazia sendo somente de ninguém, ou de mim mesma.
Vá, vá por ai... Segue sua memória viva, porque faz dano em mim, se em ti penso.
Cada segundo que se passa nas nossas vidas se perde como um dia cinza e chuvoso, e como as águas que pelas valetas correram. Mas é por amor, e somente de amor que o sol brilha, e ali encontramos paz de espírito, respirando fundo amor, e se inspirando na falta dele.
Mas, no mar turbulento, quando a canoa vira, só nos resta dar braçadas fortes para não nos afogarmos.
É tarde demais para lembrar, mas também é cedo pra esquecer. Mas é aquela coisa, aquele velho ditado sempre: a cabeça é feita em cima do coração pra que o sentimento não ultrapassasse a razão.
Por mais esta, e pelas outras, me desculpo. As vezes sou fraca, e não entendo o porque ainda me lembro.Nós fizemos acontecer, e nos fizemos valer a pena mas a chuva trata as recordações. Os faz nossas até o fim de nossa memória. Já nada é como queremos; Quando deixamos de sentir.

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