terça-feira, abril 28, 2009

Bipoladirade medonha!

Segura os dedos enquanto ele escorrega por aqui, e faz transcender todo esse sentimento de bipolaridade em um trecho só.
Quis tanta coisa em uma juventude só, que eu deveria ter morrido e nascido mais umas dez vezes.
Nem ao menos uma juventude amável, heróica, fabulosa, para ser escrita em folhas de ouro. E por errar; por não ser sincera comigo mesma quando devo, por que erros? E por isso mereci a fraqueza atual?
Mas mesmo neste deserto, sozinha e a mercê de meu transtorno bipolar momentâneo, mesmo com os olhos cansados, me desperta no vago espaço sem fim do céu uma única estrela prata, única! As três Marias, o coração, o céu e a terra, o espírito.
Me falta fôlego, há algum tempo venho correndo de um medo qualquer ai.
E pra denominar, que seja a fuga dos tiranos e dos demônios.
Bom, me parece que esta esfriando, ou inverno, ou outono. Aqui no meu cobertor faz mais frio que no seu.
Mas porque querer o sol se temos que desfrutar das estações?! E se estamos empenhados na claridade divina, longe de conturbados pensamentos.
É tempo de calor embriagado em copos de bebidas quentes.
Tempo de contemplar estrelas escondidas em céus distantes.
E de ter, e prestar atenção! Em tudo, não por nada, e nem pelo tudo. Mas por estar atenta.
Só não me questione, não mais, e não desta vez, mas atenção!
Atenção aos mínimos detalhes, as minhas gafes, e as vezes que eu deixar sem querer escapar algo um tanto quanto ‘aproveitável’ para resgatar de mim gestos e palavras que eu não solto por ai.

“Tenho medo de gente e de solidão

Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair...

O medo é uma sombra que o temor não desvia

O medo é uma armadilha que pegou o amor...

Medo de olhar no fundo

Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha

Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão

O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão

O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar...”.


Tenho medo, e meu maior medo é achar que eu to vivendo todo esse ‘transtorninho’ por MEDO de acontecer o que eu temo.

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